Correio Popular Notícia


*Eduardo Shinyashiki
Aproveite a crise para se reinventar
Em tempos difíceis na economia, inovação é a palavra fundamental para o fortalecimento das organizações. Mesmo para aquelas que já são vencedoras, é preciso inovar para manter a sua relevância e liderança no mercado. Muitas das nossas competências de liderança são mostradas em momentos de adversidades. Nesse sentido, lembrei-me dos All Blacks, seleção de rúgbi da Nova Zelândia, que é um mítico time esportivo cujos valores são humildade, excelência e respeito. Mesmo quem não acompanha o universo esportivo, provavelmente já ouviu falar da surpreendente dança ?haka?, ritmo que os jogadores adotaram como um ritual a ser realizado sempre nas partidas internacionais. Mas você deve estar se perguntando o que os All Blacks têm a ver com o assunto, não é mesmo? Você já vai entender. Até 2004, a famosa equipe de rúgbi tinha 75% de vitórias nos jogos disputados - um resultado antes nunca alcançado por qualquer equipe, de qualquer esporte. No mesmo ano, o time teve uma intensa crise que diminuiu os seus resultados, mas o despertou para se reinventar, mantendo os valores base e expandindo novos princípios. A coragem para inovar resultou em um novo recorde de partidas ganhas: 86% de vitórias. Mesmo sendo um time excelente, os All Backs não foram imunes à crise. Por isso, tiveram humildade para se recriar e discutir, para fazer diferente e rever estratégias. Eles utilizaram elementos preciosos para lidar com a adversidade, nos deixando grandes lições que podem ser aplicadas na vida pessoal e profissional. Veja: Momentos de crise são feitos para avaliar o caminho já percorrido e buscar novas formas de fazer a sua empresa e você mesmo crescer. Se hoje ?crise? não é uma palavra agradável e representa dificuldade, o que a sua etimologia sabiamente nos ensina é que a crise é um momento de escolha e decisão. A palavra vem do grego krisis (escolha) e krino (distinguir). Com todos unidos em prol de um objetivo comum, a vitória virá e não será apenas uma pessoa que será a estrela, mas sim o grupo inteiro. Ter objetivos bem definidos e claros para toda equipe, faz cada membro da equipe entender o seu papel e importância para a conquista dos resultados. Ter calma mesmo nas situações de estresse e pressão é essencial para a resolução de um conflito. Uma das maiores qualidades dos All Blacks é manter a calma, clareza e eficiência, mesmo sob pressão. A atitude mental, mesmo nos jogos mais difíceis, é seguir um método e focar nas estratégias. Outra característica magnífica da equipe é a capacidade de lidar com as emoções, sem deixar-se dominar por elas, mas sim enfrentando as dificuldades e pressões internas e procurando soluções. Não é possível sobreviver sem inovação. Precisamos entender que ela não é uma opção, mas sim uma necessidade. É a chave não só para o sucesso, mas para a sobrevivência e continuidade das organizações. Em meio à crise devemos inovar mais, pensar em novas alternativas, métodos e produtos. Não existem dúvidas de que esses são tempos de desafios, porém, refletindo sobre os principais conceitos vencedores dos All Blacks, vemos que podemos enfiar a cabeça no buraco como um avestruz ou assumir o comprometimento para encontrar soluções inovadoras, visualizar um novo horizonte, ter um alto desempenho nas diversas áreas da vida e nos tornar ainda melhores. É possível fazer da crise uma grande oportunidade para ter as melhores ideias e fazer as melhores escolhas da nossa vida. Eduardo Shinyashiki é palestrante, consultor organizacional, especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. É presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki e também escritor e autor de importantes livros como Transforme seus Sonhos em Vida, da Editora Gente,...


Compartilhe com seus amigos:
 




www.correiopopular.com.br
é uma publicação pertencente à EMPRESA JORNALÍSTICA CP DE RONDÔNIA LTDA
2016 - Todos os direitos reservados
Contatos: redacao@correiopopular.net - comercial@correiopopular.com.br - cpredacao@uol.com.br
Telefone: 69-3421-6853.